Arte e Liberdade

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Porto Alegre, RS, Brazil
Mostro aqui uma parte de meu trabalho em desenho, aquarela, técnica mista, modelagem digital 3D orgânica e poligonal, trabalhos em prata com pedras naturais. Um pouco do que penso em pequenas anotações. Uma boa navegação por este espaço de ilusões materializadas! ................................. "É preciso estar sempre embriagado. Eis aí tudo: é a única questão. Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo que rompe os vossos ombros e vos inclina para o chão, é preciso embriagar-vos sem trégua. Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira. Mas embriagai-vos. E se, alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre a grama verde de um precipício, na solidão morna do vosso quarto, vós acordardes, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que foge, a tudo que geme, a tudo que anda, a tudo que canta, a tudo que fala, perguntai que horas são; e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio, responder-vos-ão: 'É hora de embriagar-vos! Para não serdes os escravos martirizados do Tempo, embriagai-vos: embriagai-vos sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira'." (Charles Baudelaire)

domingo, 5 de setembro de 2010

Estudo a Lápis e a Poesia de um Amigo




Quiçá (Poema de Sergio D'almeida Silva)

Amor cansei, subi no barco e fui além
pra lá das praias de Belém.
Cansim soprou e me levou daqui,
parti na onda que me quebra em mil pedaços
numa pedra e descansei de mim.
Saí do Beco do Vintém, com alguns bocados
que me levam ao celibato esquizotímico do Zen;
Se alguém perguntar que fim,
não diga nada, mande à lete estou bem,
me sinto leve, parabólica terrestre
Ninfa de uma flor-de-lis
meu mistério quer jazer fosforado num prazer,
onde nada é ninguém
e ninguém é o que parece, nem riqueza,
nem moeda, não há riqueza que se mereça
mais do que o Amor...meu amor,
se disserem que morri e se debaterem nesse engano,
não se zangue, eu não morro
sou mais rápido que o tombo,
creio na ciência do corpo, na fotoplastografia,
num quantum de energia radiante,
quiçá ser um frescor relaxante neste céu de anomalias,
onde um dia homogêneo, reunirei os amigos
e com a cara de todos os bichos te beijarei em silêncio.