Arte e Liberdade

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Porto Alegre, RS, Brazil
Mostro aqui uma parte de meu trabalho em desenho, aquarela, técnica mista, modelagem digital 3D orgânica e poligonal, trabalhos em prata com pedras naturais. Um pouco do que penso em pequenas anotações. Uma boa navegação por este espaço de ilusões materializadas! ................................. "É preciso estar sempre embriagado. Eis aí tudo: é a única questão. Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo que rompe os vossos ombros e vos inclina para o chão, é preciso embriagar-vos sem trégua. Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira. Mas embriagai-vos. E se, alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre a grama verde de um precipício, na solidão morna do vosso quarto, vós acordardes, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que foge, a tudo que geme, a tudo que anda, a tudo que canta, a tudo que fala, perguntai que horas são; e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio, responder-vos-ão: 'É hora de embriagar-vos! Para não serdes os escravos martirizados do Tempo, embriagai-vos: embriagai-vos sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira'." (Charles Baudelaire)

quinta-feira, 8 de maio de 2008

INVENTÁRIO DE ABSTRAÇÕES-Inventory of Abstractions


O Primeiro trabalho de uma série de imagens em bico de pena. 

Há diversas atribuições a esse símbolo tão cercado de mistérios e algumas contradições, na realidade trata-se de aspectos distintos de um símbolo único, que é do princípio ativo e demiúrgico: poder divino, um ente celestial coroado de atributos mágicos, alguns benéficos, outros maléficos. O patriarca Zen Hueineng faz igualmente dos dragões e das serpentes ícones do ódio e do mal por ter certamente suas razões. O terrível Fudô (Acala) nipônico, ao dominar o dragão, vence, assim, a ignorância e a obscuridade. A ambivalência desse

símbolo está evidente quando seu significado é comparado em diferentes culturas. A lenda de Siegfried confirma que o tesouro guardado pelo dragão é a imortalidade. Na dinastia chinesa T'ang ele guarda a grande Pérola. Na Índia algumas doutrinas o identificam com o Princípio,a Agni ou a Prajapathi.

O Matador do Dragão é o sacrificador que aplaca a potência divina e com ela se identifica. O dragão produz o Soma, que é a bebida da imortalidade. O poder do dragão, ensina Chuang-tse, é coisa misteriosa: é a resolução dos contrários, por isso Confúcio viu, segundo ele, em Lao-tse a própria personificação do dragão.
Tal símbolo, tão cercado de mistérios e algumas contradições, na realidade trata-se de aspectos distintos de um símbolo único, que é do princípio ativo e demiúrgico: poder divino, um ente celestial coroado de atributos mágicos, alguns benéficos, outros maléficos. O patriarca Zen Hueineng faz igualmente dos dragões e das serpentes ícones do ódio e do mal por ter certamente suas razões. O terrível Fudô (Acala) nipônico, ao dominar o dragão, vence, assim, a ignorância e a obscuridade. A ambivalência desse símbolo está evidente quando seu significado é comparado em diferentes culturas. A lenda de Siegfried confirma que o tesouro guardado pelo dragão é a imortalidade. Na dinastia chinesa T'ang ele guarda a grande Pérola. Na Índia algumas doutrinas o identificam com o Princípio, a Agni ou a Prajapathi.
O Matador do Dragão é o sacrificador que aplaca a potência divina e com ela se identifica, tal dragão produz o Soma, que é a bebida da imortalidade. Esse poder do dragão, ensina Chuang-tse, a coisa misteriosa: é a resolução dos contrários, por isso Confúcio viu, segundo ele, em Lao-tse a própria personificação do dragão.

(Do Livro Dicionário de Símbolos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant)