Foi muito bom ter sido convidado para trabalhar no projeto
Súbita Conexão do meu grande amigo já há 35 anos Marcelo Nadruz, um trabalho camerístico exótico com músicos, cantores, instrumentistas e técnicos que construíram com dedicação a arquitetura sonora de Súbita Conexão, cheia de arestas ocultas que a cada compasso iriam mostrando-se à luz, audíveis, visíveis nas vozes das sopranos e no mistério das vozes de tenores e barítonos, a sitar, o órgão de tubos, os alaúdes, o vibrafone e a marimba... uma arquitetura de sons como trilha para a imaginação, um chamado para o mergulho. Então, ouvindo a música apenas deschaveei e deixei que o imaginário desenhasse as visões, entre todas as que tive essa foi a mais constante e acabou passando para esse lado do muro, ou seja, tornou-se uma realidade gráfica, foi o que vi ao abrir a cortina ouvindo seus quatro movimentos, obrigado à todos os que participaram por construirem esse momento.